Discos de Agora

Para ouvir com o som no máximo.

Garfos & Letras

A livraria Garfos & Letras é a “primeira grande livraria temática do país”.
Lá “é possível adquirir e folhear livros dedicados à arte gastronómica, mas também tomar um café ou chá, ou adquirir conhecimentos relacionados com a cozinha, os vinhos e a mesa em geral mediante a frequência de aulas ministradas por "importantes nomes das respectivas artes e saberes".
Situa-se no Porto, R. Cândido dos Reis, 18.

Para quem gosta de cozinhar, beber e comer tanto quanto eu, esta livraria é a livraria.

Pop dell’arte no Lux

Quinta 29
POPLASTIK – 20 anos de Pop dell’arte
João Peste + Zé Pedro Moura + Tiago Miranda
Pop Dell’ Arte (concerto)
Nelson Flip (sonic dj)

Censurados, Censurados


Lembro-me de gostar de rock desde sempre. Aos 11 anos, por influências da minha irmã, ouvia Pixies, Cure e Doors. Não passava um dia sem… Aos 13 começo a ouvir Punk. Nunca mais esquecerei a primeira vez que ouvi Dead Kennedys, foi, mesmo, amor à primeira vista. A partir daí nunca mais parei. Tive uma banda Punk de garagem (quando me lembro do nosso estado nem sei como é que conseguimos tocar alguma coisa). Organizei vários concertos, alguns em casa. Fui a muitos mais. Todos os fim-de-semana havia algum, a contar que muitos dos meus amigos tinham bandas, não era difícil arranjar um “beco” qualquer para o pessoal ir tocar. É nessa altura que descubro Censurados. Para além de sempre ter gostado de música portuguesa, este álbum surpreendeu-me. A consistência das letras, o rock simples, a crítica ao poder instalado e o Ribas ainda cantava sem desafinar (ainda gosto de te ouvir Ribas ;). Era música para ouvir num concerto, em casa ou num bar. Este álbum faz parte da minha história e, por isso, é natural que haja, por aqui, afecto.
É, hoje, reeditado, exclusivamente, no Blitz.
Para quem gosta de música portuguesa, aconselho-o, para quem gosta de rock português, é indispensável.

Discos de Agora

Confessions on a dance floor

Mau, muito mau. É assim que eu descrevo o novo álbum da Madonna. Não consigo sequer compreender quem diz que é bom. Em relação ao single, ele era já suficientemente mau quando cantado pelos Abba, misturado com sons de música pimba ficou ainda pior. Reinvenção da música de dança? Parece-me é que, há falta de ideias e consequente ausência de originalidade, usa-se músicas de sucesso garantido para se garantir o sucesso. Não há dúvida que isto só é criticável pelo facto de se dizer que ela é uma artista. Ora, onde é que está a arte? Não está. O que está neste álbum é tudo aquilo que já foi feito por outros. Então, o que é que difere a Madonna dos outros artistas que fazem o mesmo? Por que é que ela tem mais sucesso? Este disco vende por várias razões: Nome no “mercado”, campanha de marketing gigante, roupas fashion (as miúdas vão querer vestir-se como ela), exercícios de ginástica e mais uma pitada de alusão ao sexo. Bem, na sociedade em que vivemos não há nada melhor. Ouve-se música não por ela mas por tudo o que a envolve. Se tudo isto viesse acompanhado de arte musical, não haveria problema algum. O essencial estaria lá, mas como se pode gostar de música sem música?
Que me digam que gostam do conceito não há problema mas não me digam que gostam daquelas músicas, porque aquilo não é música. Música é arte e arte é última coisa que aquilo é.

Rock Rendez Vous faz 25 anos


“Nasceu no momento exacto, a 18 de Dezembro de 1980, faz hoje 25 anos, quando o chamado Rock português estourava. Num curto espaço de tempo transformou-se na sala de culto onde todas as bandas emergentes tocavam. Passaram por lá Xutos, Rádio Macau, Mão Morta, PoP Dell´Arte, Heróis do Mar, António Variações, etc
A sua história confunde-se com a da música Pop-Rock feita em Portugal na década de 80. Era a sala de referência para toda a gente do universo Rock. Viria a encerrar em 1990 por dificuldades financeiras, mas ainda hoje é recordada com nostalgia…”

MissPopMaria no Rádio Bar


Porto,
Rádio Bar,
16 de Dezembro,
Sexta-feira

Os melhores álbuns de sempre...


The Scream
Siouxsie And The Banshees

É em 1976 que Susan Dallion, elemento do Bromley Contingent, o entraivecido clube de fãs dos Sex Pistols, troca o seu nome de rapariga por este – mais adequado à situação – Siouxsie Sioux, e forma os Banshees com o baixo Severin e um pessoal flutuante (note-se a breve passagem de Sid Vicious, na bateria). Primeiro ensaio do grupo, The scream, antecedido por um single de sucesso, “Hong-Kong Garden” (desaparecido do álbum com a reedição em CD, infelizmente), é um belíssimo álbum, sombrio e violento, percursor do post-punk e da new wave gótica que se anuncia: muro de guitarras dissonantes, vozes encantatórias, um saxofone sinistro perdido em “Suburban Relapse” e um massacre particularmente conseguido do “Helter Skelter” dos Beatles. Um último manifesto “no future” para uma carreira que durará vinte anos.
(O guia PopRock 1950-1979 vol.1 Fnac)