Lugar Comum

The Cure, 8 de Março, no Pavilhão Atlântico.
Faz precisamente 10 anos que os vi pela primeira vez. Estou lá.

Diferentes sons, diferentes públicos ou o rock contemporâneo estereotipado

Rock n´roll: “é pá, vou ali fazer a próxima tatuagem porque a tatuadora tem umas mamas mesmo grandes” ou eu quero é copos e gajas e quanto mais tatuagens tiver mais importante sou

Psicadélico: “Deus é uma serpente…. Jefferson Air…. Isso… Isto está a bater” ou sou um grande poeta mas só quando tomo drogas

Metal: “isto é que é tocar, ouve, ouve” ou o que não é metal é mesmo mau

Glam: “se houver uma festa se calhar faço isso” ou não sou gay mas posso ser se beber muito e estiver muita gente a olhar

Punk: “é o costume, a culpa é dos gajos que mandam nesta merda” ou sou vítima do sistema mesmo que tenha partido o bar todo

Post-Punk: “gosto de estar com eles de vez em quando mas às vezes exageram” ou eu gosto dos punks mas acho que sou mais inteligente do que eles.

Gótico: “a maquilhagem está bem? Ontem comecei a ler O castelo de Otranto… Está bem, e as calças, ficam-me bem? Isso não é bem preto…” ou a imagem é o mais importante, o resto vem por acréscimo

Grunge: “o Kurt e o Eddie são bons, claro, mas o scott também é muito bom” ou gosto de qualquer gajo que cante com voz de casa de banho

Indie: “amanhã vou partir tudo com as minhas all stars novas” ou betinhos dos arredores das grandes cidades que querem ser radicais